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SEM DINHEIRO II
Os madeireiros, a partir dos
inícios da ferrovia projetada para ir a Nova Venécia passando pela ponte
Florentino Avidos sobre o rio Doce em Colatina, inaugurada em 1928, fizeram uma
rodoviazinha precária a partir de 1930, a troco da permissão de explorar a rica
mata atlântica situada ao norte do Estado, ‘um sertão desconhecido’; em 1934,
chegaram a Montes Claros, perto de onde já havia um núcleo de colonização com
imigrantes poloneses contratados pelo Espírito Santo; ainda sem dinheiro, e sem
mais a penetração dos carreteiros, o Estado se via amarrado para dar
prosseguimento à colonização.
Embora mineiro, o
Interventor Bley, encarou a ideia de
garantir o noroeste do Estado como um espaço capixaba. Assim, ele enviou
Eugênio Neves da Cunha para fiscalizar aquelas selvas seculares; mas este
entrou em choque com a gente de Minas e saiu; em 1938, Carlos Lindemberg, então
Secretário de Agricultura do Bley, esteve a cavalo nas matas da Serra dos
Aimorés, voltando na montaria por Montes Claros, onde encontrou a ponta de uma
rodoviazinha. Os poloneses haviam tentado fazê-la chegar a Águia Branca; trouxeram
da Polônia o engenheiro Paulowski, mas ele só fez 5 km e foi obrigado a parar
por falta de verba.
No mesmo ano de 1938, o governo
estadual nomeia como chefe do destacamento de Barra de São Francisco o
destemido Capitão Djalma Borges; ele vai de cavalo desde Montes Claros até BSF;
e aí o estado recorre a uma atitude corajosa, qual seja, solta os encarcerados
para abrir o caminho; Bley não acredita: em 1942 ele vem de Vitória a Barra de São Francisco , estreando um caminho
novinho, cercado pela invejada mata desse noroeste; em 1945, já com Jones dos
Santos Neves como Interventor, uma companhia reabre aquele tosco varadouro;
estava aberta a via por onde entrariam os colonos capixabas na busca por novos
espaços; mesmo sem dinheiro.
Altair Malacarne, 13.07.2013
- Trevo em São Domingos do Norte.
- Início do perímetro da comunidade da "Pedra Torta", ou "Ebenézer".
- A "Pedra Torta".
- Criação de Avestruzes.
- Início do perímetro urbano de Águia Branca.
- "Casa Polonesa".
- Centro de Águia Branca.
- Uma cidade de colonização Polonesa.
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